sábado, 20 de fevereiro de 2016

O estresse que vem do passado e do futuro



O texto desta ilustração, de Richard Carlson e Joseph Bailey (“No ritmo da vida”), resume muito bem o poder imobilizador do estresse provocado pelo tempo.

De um lado, a enorme quantidade de variáveis com as quais lidamos a cada dia; uma avalanche de informações e de estímulos, o “milhão de amigos” com os quais nos relacionamos e as demandas que insistem em disputar nossa atenção.

Por outro lado, a aceleração da vida. Tudo tem que ser feito já, agora, em tempo rea,l e não paramos de correr, ainda que nem sempre saibamos exatamente atrás de que estamos correndo tanto.

O resultado cada vez mais comum desse quadro estressante é que as emoções ligadas ao passado e futuro nos drenam muita energia.

Raiva (de pessoas e situações que lhe impuseram suas prioridades), frustração (de não ter feito o que gostaria), arrependimento (de ter deixado para depois coisas que acabaram não sendo feitas), tristeza (por estar percebendo sua vida sem sentido) e culpa (por ter desperdiçado o tempo em coisas irrelevantes) são estados emocionais típicos de nossa conexão intensa com o passado.

Na outra ponta, as emoções que a antecipação do futuro nos trazem: as preocupações, o medo e, principalmente, a ansiedade, por nos sentirmos inseguros e incapazes de darmos conta de tantas demandas e por temermos de que nossa velocidade de decidir e agir não será nunca suficiente para responder a todos os desafios.

Quanto de nosso dia, de nossa semana, de nossos meses, enfim, de nossa vida é gasto com essas emoções? Quanto de nossa força é consumida nesses momentos?

Saber gerenciar o estresse faz parte do nosso processo de gerenciamento de tempo.

Além disso, o estresse é um combustível notório de muitas doenças crônicas que assolam nossa sociedade. Por exemplo, baixa a imunidade, favorecendo os ataques de vírus; provoca hipertensão e outras disfunções cardíacas; é fonte de depressão. Enfim, a lista é grande. Quem já passou – ou viu alguém próximo passar - por qualquer dessas dificuldades, sabe os gigantescos blocos de tempo que tomam o sofrimento gerado e o tratamento.

Carlo Petrini, fundador do movimento Slow Food tem um belo conselho sobre isso: “É inútil forçar os ritmos da vida. A arte de viver consiste em aprender a dar o devido tempo às coisas”.

Daí a importância das pausas, do sono, da respiração; da consciência do que de fato queremos da vida; da nossa habilidade em estarmos com nossa atenção sempre focada no presente.

Um comentário:

  1. AMEIIII posso dizer que se manter conectada com o presente faz com que as nossas emoções sejam "saboreadas" em tempo em real....e dessa maneira vamos colecionando muitas experiencias que nos fazem repetir essa vontade nos manter presente ao momento presente diariamente.

    ResponderExcluir